CBA celebra resultados de conservação do Cerrado no Norte Goiano

Companhia Brasileira de Alumínio protege 32 mil hectares há mais de 70 anos e hoje investe em um novo modelo de gestão do território, baseado no múltiplo uso do solo

Território integra região de Área Prioritária Para Conservação do Cerrado no Brasil. Esforços dirigidos à conservação do bioma podem ajudar o país a cumprir suas metas de desenvolvimento sustentável

Um dos animais silvestres mais difíceis de ser avistado na natureza, o cachorro-vinagre (Speothos venaticus) foi registrado no Legado Verdes do Cerrado – Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, em Niquelândia (GO). O vídeo foi feito pelas câmeras de monitoramento de fauna do projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade, conduzido pela Reserva desde novembro de 2020 para o levantamento de espécies no território.

Esse é o primeiro registro da espécie no Legado Verdes do Cerrado e um dos poucos no Estado de Goiás. O vídeo foi feito em 2022 e divulgado após a análise das imagens. De acordo com Stephanie Simioni, bióloga do Onçafari, instituição parceira da Reservas Votorantim, gestora do Legado Verdes do Cerrado, o registro é um sopro de esperança, pois a espécie está classificada como “Em Perigo” de extinção no Cerrado, no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

“No Cerrado, esse animal pode ser extinto na natureza nos próximos 100 anos. Embora pareça distante, quando se fala na conservação de espécies é pouco tempo. As principais ameaças são o desmatamento e a diminuição das principais presas do cachorro-vinagre, como a cutia, também ameaçada pela perda de habitat”, explica a bióloga. 

O balanço também relembra uma iniciativa inédita do Legado Verdes do Cerrado: o Centro de Biodiversidade, que une pesquisa científica com a produção de espécies nativas da flora. Inaugurado em 2018 e ampliado em 2019, o espaço tem capacidade de produção de 250 mil mudas por ano e, atualmente, atende a demanda de projetos de restauração, principalmente nos estados de Goiás e Minas Gerais, de parceiros da Reserva, instituições e proprietários rurais, além de prefeituras em projetos de recuperação da flora e paisagismo urbano. “O Brasil se comprometeu com a meta de restaurar 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030. Deste total, 5 milhões estão localizados no Cerrado. Portanto, iniciativas, como o banco de sementes e o Centro de Biodiversidade são essenciais para contribuir com as metas nacionais e internacionais de desenvolvimento sustentável, como as elencadas pela Década da Restauração, instituída pela ONU [Organização das Nações Unidas]”, diz David Canassa, diretor da Reservas Votorantim, empresa gestora do Legado Verdes do Cerrado. 

Na fauna, o balanço aponta que 90 espécies animais já foram registradas. Dentre elas, duas têm destaque especial: a onça-pintada e o cachorro-vinagre. Para a onça-pintada, a Reserva é um importante e seguro corredor ecológico, já que a CBA investe no monitoramento de todo o território. Para o cachorro-vinagre, o Legado é um refúgio no Cerrado, já que a espécie, segundo projeções da ciência, tem a probabilidade de 100% de extinção em 100 anos neste bioma. 

As pesquisas científicas na Reserva também contribuíram para a melhoria do manejo nas áreas produtivas, segundo o balanço. “Na agropecuária, com a criação de gado e o cultivo de soja e milho, optamos por práticas com manejo integrado, visando a diminuição de defensivos químicos e a preferência por produtos biológicos. Implantamos o cultivo de frutas nativas no sistema agroflorestal e estamos avançando na integração de lavoura e pecuária, obtendo bons resultados e maior conservação dos recursos naturais. Essas melhorias só foram possíveis graças ao modelo de negócio aplicado na gestão da área, baseado no múltiplo uso do solo. Para o melhor manejo, estamos sendo guiados pelas pesquisas científicas. Aliando conservação ambiental à nova economia integrada com atividades convencionais, o Legado vem demonstrando que esse novo modelo é possível, sendo um indutor do desenvolvimento sustentável da região”, comemora o diretor. 

A conservação dos recursos hídricos também aparece em evidência. A CBA, por meio do Legado Verdes do Cerrado, investe na conservação do rio Traíras, um dos mais importantes da região. Este corpo hídrico é responsável pelo abastecimento de todo município de Niquelândia, com 46 mil habitantes, compreendendo a bacia hidrográfica de Tocantins. Junto ao Rio da Almas, é uma das vertentes que leva água para o quinto maior lago do Brasil, o lago artificial da usina Serra da Mesa, o maior do Brasil em volume de água, com 54,4 bilhões de m³. Além da conservação de matas ciliares e a recuperação de áreas degradadas dentro e fora dos limites da Reserva, até o momento, o investimento total em iniciativas voltadas à conservação do Rio Traíras já ultrapassou R$ 300 mil reais.   

Projeto REDD+ do Cerrado

Neste ano, outro importante e recente resultado se destaca: a CBA e a Reservas Votorantim completaram um ano de certificação do primeiro projeto REDD+ do Cerrado, que monetiza o estoque de carbono por desmatamento evitado. O projeto contempla uma área de 11,5 mil hectares do Legado, com 350 mil toneladas de carbono já certificadas.  

O diretor aponta que o projeto mostrou novas possibilidades para conservação do bioma. “Diversas regiões de Goiás (e do Brasil, onde o bioma ocorre) foram classificadas como Áreas Prioritárias Para Conservação do Cerrado no Brasil, e hotspot mundial de biodiversidade, ou seja, que necessitam de proteção e conservação para assegurar a sua riqueza biológica. A região de Niquelândia, onde o Legado Verdes do Cerrado está inserido, é uma delas¹. Se por um lado é uma grande responsabilidade, também é uma oportunidade. O valor desses territórios gera créditos de carbono com grande peso em biodiversidade e serviços ecossistêmicos. O mercado de carbono avança cada vez mais e, acessá-lo por meio do Cerrado, já é uma realidade, sendo mais uma alternativa para gerar negócio mantendo o bioma em pé”, explica Canassa.

Para Leandro Faria, gerente-geral de Sustentabilidade da CBA, os resultados obtidos pelo projeto REDD+ do Cerrado são resultado do compromisso da CBA com a sustentabilidade.  “O investimento neste território integra o pilar ambiental da Estratégia ESG 2030 da CBA, que visa preservar os recursos naturais e a biodiversidade. Nesse sentido, o Legado Verdes do Cerrado é uma importante contribuição para alcançarmos não só as metas de desenvolvimento sustentável que nos comprometemos voluntariamente, mas também para cumprimos ao máximo os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, os ODS, elencados pela Organização das Nações Unidas, a ONU. Aliás, o Legado Verdes do Cerrado e o seu modelo de negócio contribuem diretamente com nove dos 17 ODS estabelecidos”, explica Leandro Faria, Gerente geral de Sustentabilidade da CBA.  

Segundo Faria, ainda sobre a ótica do investimento, o Legado Verdes do Cerrado é uma ação, apresentada pela CBA ao Brasil e ao mundo, baseada em um modelo de gestão viável não só aos negócios, mas, especialmente à conservação. “Conservar o Cerrado é urgente e inerente ao desenvolvimento sustentável do país e à estabilidade climática mundial e essa é uma das contribuições da CBA no caminho de trilhar um futuro mais sustentável”, finaliza. 

¹  Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade no Cerrado e Pantanal, WWF-Brasil e Ministério do Meio Ambiente (MMA)

Sobre o Legado Verdes do Cerrado 

O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23 mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.

Acompanhe o Legado Verdes do Cerrado no Facebook e Instagram:

www.facebook.com/legadoverdesdocerrado

www.instagram.com/legadodocerrado

Sobre a CBA

Desde 1955, a CBA – Companhia Brasileira de Alumínio atua de forma integrada, da mineração ao produto final, incluindo a etapa de reciclagem. Com capacidade de gerar 100% da energia consumida através de fontes renováveis, a CBA fornece soluções sustentáveis para os mercados de embalagens, transportes, automotivo, construção civil, energia e bens de consumo, além de ser líder em reciclagem de sucata industrial de alumínio.

Com a abertura de capital em 2021 (CBAV3), foi a primeira Companhia no segmento a ter ações negociadas na B3 e ingressou na carteira do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial – no seu primeiro ano de elegibilidade. Com receita líquida de R$ 8,4 bilhões em 2021 e R$ 1,5 bilhão de EBITDA ajustado no período, a CBA tem o compromisso de garantir a oferta de alumínio de baixo carbono em parceria com os stakeholders, desenvolvendo as comunidades em que está inserida e promovendo a conservação da biodiversidade.

Quer saber mais? Acesse www.ri.cba.com.br

Informações à Imprensa Legado das Águas

Agência Terra Comunicação

Laila Rebecca | lailarebecca@agenciaterracomunicacao.com.br | 55 (12) 9 9686-3436

 

Compartilhe:

Outras postagens

©2024 – Legado Verdes do Cerrado • Todos os direitos reservados

© 2023 – Legado Verdes do Cerrado 
Todos os direitos reservados

Proprietária do território

Administradora da área

©2024 – Legado Verdes do Cerrado • Todos os direitos reservados