Registro é fruto do trabalho de monitoramento de fauna na reserva que fica no norte goiano e reflete resultados do trabalho de conservação de biodiversidade no local
Uma onça-parda (Puma concolor) e dois filhotes foram registrados em vídeo no Legado Verdes do Cerrado – Primeira Reserva Privada Particular de Desenvolvimento Sustentável de Cerrado no Brasil, – de propriedade da CBA, Companhia Brasileira de Alumínio, em Niquelândia (GO). Pelo tamanho e pintas presentes na pelagem dos filhotes, estima-se que tenham menos de cinco meses de vida no momento do registro, em junho deste ano e, assim como a mãe aparentam boa saúde.
O monitoramento desses animais no Legado Verdes do Cerrado é feito por meio das “armadilhas fotográficas”, como são chamados os equipamentos que funcionam por sensores infravermelhos e de movimento e são acionados automaticamente quando os animais passam por eles, gerando imagens inclusive para operação em modo noturno, sem que haja contato com o animal. No Legado, as armadilhas fotográficas ficam instaladas por cerca de 60 dias e, depois, são recolhidas para o processamento das imagens e identificação das espécies registradas.
A primeira etapa do monitoramento deste ano foi concluída no final de agosto, momento em que foram identificados dois vídeos da mãe com os filhotes.
De acordo Mariana Landis, pesquisadora do Instituto Manacá, instituição parceira da Reservas Votorantim – gestora do Legado Verdes do Cerrado, os filhotes de onça-parda nascem com as pintas e podem apresentá-las na pelagem por até cerca de seis meses de idade. “Essa característica marcante de filhotes de onça-parda é essencial para ajudá-los na camuflagem durante esse período que precisam de mais proteção contra predadores. Além de conferir um aspecto carismático, as pintas são uma estratégia muito importante de sobrevivência da espécie nos primeiros meses de vida”, explica a doutora em ecologia aplicada.
A pesquisadora ainda acrescenta informações sobre os aspectos de saúde dos animais. “É característico da onça-parda ter um corpo esguio quando em vida livre. Então, a condição corporal dos três indivíduos sugere que estão bem, o que é esperado em ambientes conservados e com disponibilidade de recurso alimentar”, diz Mariana.
A onça-parda
“Este não é o primeiro registro desta espécie na região, o que é um sinal importante, ainda que sejam da mesma onça-parda, pois mostra que a espécie está usando o ambiente e, inclusive, se reproduzindo”, explica a pesquisadora.
Embora seja uma espécie que pode ser encontrada em todos os biomas brasileiros, a onça-parda é considerada “vulnerável” pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e convive com ameaças como caça, colisão com veículos, perda e fragmentação de habitat, principalmente pelo desmatamento. “É sempre bom registrar o nascimento e crescimento de filhotes, ainda mais de uma espécie que ocupa o topo da cadeia alimentar. Esses registros não apenas reforçam a importância das áreas conservadas para a manutenção da vida silvestre, como também renovam nossa motivação e compromisso com a conservação da biodiversidade”, comemora Mariana.
De acordo com Marco Túlio Lanza, biólogo gerente do Legado Verdes do Cerrado, além dos vídeos de onça-parda, por meio do projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade foi possível registrar as presas da onça-parda. “Isso significa que o Legado Verdes do Cerrado representa um importante refúgio para esse felino, fornecendo tudo o que ele precisa para sobreviver: alimento e segurança. A presença dessa espécie também mostra a importância do monitoramento de fauna, além de reforçar a efetividade do nosso modelo de negócio de múltiplo uso do solo, mostrando que é possível aliar negócios tradicionais à nova economia em um mesmo território, trazendo benefícios para as pessoas e ao bioma”, explica Lanza.
Além das imagens das armadilhas fotográficas, outros registros feitos pelos empregados e empregadas da Reserva são incluídos no projeto de monitoramento, alimentando a base de dados sobre a fauna local. O trabalho conjunto, somado às pesquisas científicas realizadas no território, já resultaram em mais de 80 espécies de animais catalogadas no Legado Verdes do Cerrado, entre pequenos e grandes mamíferos, anuros (sapos, rãs e pererecas) e peixes.
Sobre o Legado Verdes do Cerrado
O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23 mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.
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Sobre a CBA
Desde 1955, a CBA – Companhia Brasileira de Alumínio atua de forma integrada, da mineração ao produto final, incluindo a etapa de reciclagem. Com capacidade de gerar 100% da energia consumida por meio de fontes renováveis, a CBA fornece soluções sustentáveis para os mercados de embalagens, transportes, automotivo, construção civil, energia e bens de consumo, além de ser líder em reciclagem de sucata industrial de alumínio. Com a abertura de capital em 2021 (CBAV3), foi a primeira Companhia no segmento a ter ações negociadas na B3 e faz parte da carteira do ISE B3 – Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 – desde o seu primeiro ano de elegibilidade. Com receita líquida de R$ 8,2 bilhões, em 2024, e R$ 1,4 bilhão de EBITDA ajustado no período, a CBA tem o compromisso de garantir a oferta de alumínio de baixo carbono em parceria com os stakeholders, desenvolvendo as comunidades em que está inserida e promovendo a conservação da biodiversidade. Quer saber mais? Acesse www.ri.cba.com.br.
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